quinta-feira, 24 de junho de 2010


Município de Alandroal

Localização no espaço



O Alandroal é uma vila Portuguesa na região Alentejo, tendo como, sub-região Alentejo central no distrito de Évora, antiga província do alto Alentejo.

Fica próxima de algumas terras alentejanas como Redondo, Vila – Viçosa, Borba, Estremoz, Reguengos de Monsaraz, Juromenha e Elvas.


Constituição do município


É sede de um município com 544,86km2 de área e 6187 habitantes, subdividida por 6 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vila Viçosa a leste de Espanha, fica a sul de Mourão e Reguengos e a leste de Redondo.
Ao concelho de Alandroal foram anexados no século XIX, os territórios dos antigos municípios de Terena e Juromenha. A povoação de Villareal situada no município e Olivença era uma povoação do antigo concelho de Juromenha.
O Alandroal foi digno a categoria de vila em 1486 por uma carta Foral imposta pelo D. João II.
Clima

O clima da região é descrito por primaveras e verões excessivamente quentes e secos.
A precipitação média anual é de 550-650 mm.
A temperatura média anual é de 15,5-16ºC, a máxima é de 20,5-21º e a média das mínimas é 11-11,5ºC.
Os valores relativos à insolação são muito elevados, especialmente no trimestre antes das vindimas colaborando para o perfeito amadurecimento das uvas vindo dar a qualidade aos vinhos.

História

O antigo Alandroal foi povoado por romanos, bárbaros e mouros, a vila já era assim chamada desde, o tempo dos muçulmanos. Alandroal era uma terra de algumas riquezas, pois tinha boas e abundantes águas e tinha no seu território minas de ouro e de cobre. É provável que o nome “Alandroal” tenha derivado do nome da princesa Alandra, mas hoje em dia diz-se que é derivado de uma planta chamada Alandro. O Alandro é caracterizado por folhas semelhantes às do louro mas um pouco mais espessas e lisas e por uma flor parecida às rosas.
A forma antiga do nome do Alandroal é Landroal, como se vê nos Lusíadas.
A vila é rodeada pelo antigo castelo, construído durante o século XIII pelos cavaleiros de Avis, que concederam foral à vila em 1298.
Nesta vila temos o gosto de referir duas personalidades muito importantes:

• Diogo Lopes de Sequeira – foi Alcaide-mor da Vila do Alandroal sendo também fidalgo e navegador. Nasceu em 1466 no Alandroal, onde veio a morrer em 14 de Outubro de 1530, estando sepultado na Ermida de Nª Sr.ª da Conceição em Alandroal.

Na sua passagem pela Índia fixou o padrão com as armas de Portugal. Por isso, mesmo, mereceu grande e respeitosa homenagem nos “Lusíadas” (Canto X – estrofe 52):

“Também Sequeira, as ondas Eritreias
Dividindo, abrirá novo caminho
Para ti, grande Império, que te arreias
De seres de Candace e Sabá ninho.
Macua, com cisternas de água cheias,
Verá, e o porto Arquico ali vizinho;
Que dão ao mundo novas maravilhas”
• Pêro Rodrigues – Alcaide do Castelo do Alandroal, foi um dos homens de confiança de Nuno Álvares Pereira.

Para homenagear gentes do Alandroal doutras eras já passadas, lê-se “A primeira parte da crónica de El-rei D. João I de Boa Memória”, da autoria do Cronista-mor Fernão Lopes e depara-se com este parágrafo:

“Depois de Lisboa, talvez nenhuma povoação seja mais vezes referida do que o Alandroal, uma obscura Vila de poucos moradores, onde tanto corriam os homens a pé como a cavalo… Por ali perto tinham sede algumas importantes comendas da ordem de Avis; é possível que algum dos seus freires tenha tomado a peito pôr em escrito o que viu da guerra que levou o mestre daquela ordem à culminância do outro.”

Foi elogiado por mérito próprio, por ter tido como missão, guardião da “Fronteira de Portugal”, sendo por isso louvado por Luís de Camões nos “Lusíadas” (Canto VIII – estrofe 33)

“Na mesma Guerra vê, que presas ganha
Est’ outro capitão de pouca gente;
Que levavam roubado ousadamente
Outra vez vê que a lança em sangue banha
Deste só por livrar c’o o amor ardente
O preso amigo, preso por leal
Pêro Rodrigues é do Landroal.”

Locais de interesse a visitar

A vila de Alandroal é constituída por maravilhosos recantos, pequenos largos, casas típicas, arcos sobre as ruas, belas portas e janelas antigas. A região é rica em vestígios medievais e luso – romanos. Vive de recursos agrícolas florestais, pecuários e minerais. No interior da vila respira-se ainda hoje um certo ambiente medieval, um misto de tranquilidade e paz, bem patente nas palmeiras e torres que se desenham por entre o casario. A vila cresceu alimentada por uma água de belíssima qualidade que os antigos situavam em duas enormes reservas à flor da terra. Essa água magnífica continua hoje a jorrar de seis cabeças de leão esculpidas no mármore branco da Fonte da Vila.

O concelho do Alandroal brinda-nos com zonas de elevado potencial e interesse turístico como seja o vale do Guadiana e a barragem de Lucefecit.

Os seus monumentos históricos, retratos vivos de um passado riquíssimo, como são os Castelos de Alandroal, Terena e Juromenha, Igreja Nossa Senhora da Conceição, Fonte Monumental das Sete Bicas, Santuário da Nossa Senhora da Boa Nova, Ponte Romana de Terena, Rocha da Mina, Fortaleza de Juromenha, Rio Guadiana, Sepulturas Medievais, Igreja Paroquial de S.Brás dos Matos, Pedra Alçada e Anta da Santa Luzia, convidamo-lo assim a visitar estes belíssimos monumentos.

Cátia Serra e Adélia Serra

Para visualizar os trabalhos realizados no âmbito da actividade integradora (NG4 - CP, NG6 - STC e CLC), clique nos Links que se seguem:
Roteiro do concelho de Alandroal
Caracterização da Flora da região
Caracterização da Fauna da região
Dicionário de expressões/vocabulário regional
Evolução transportes no Concelho
Segurança no Concelho
Receitas Tradicionais
Entrevistas
Folheto Inglês
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